Dicas para prevenir o mal da altitude
Cuzco, no Peru, La Paz, na Bolívia, Lhasa, no Tibet: o que esses locais têm em comum? Se você pensou a elevada altitude, acertou – eles estão entre as cidades mais altas do mundo. E para quem está planejando uma viagem a algum desses destinos vai precisar lidar com o soroche, o conhecido “mal da altitude”, que faz com que o organismo sinta os efeitos da falta de oxigênio e apresenta sintomas característicos como tontura e mal-estar.
Mas por que isso acontece? Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba e Membro Efetivo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) Guilherme Trevizan, a partir de 2.000m ocorre uma diminuição na concentração de oxigênio na corrente sanguínea de quem sobe a elevadas altitudes, e é em função dessa diminuição da oxigenação que o pulmão, o cérebro e todo o corpo (hipoxemia) recebem que aparecem os sintomas.
Veja também:
:: Entrevista: dentista fala sobre DTM e bruxismo
:: Usar descongestionante nasal faz mal?
:: Quem tem desvio de septo precisa fazer cirurgia?
“Por isso, o corpo vai sentir bastante. Os principais sintomas são pressão baixa, tontura, mal-estar, vômitos, falta de ar, cansaço e dor de cabeça”, enumera o otorrino.
Outro fator que pode contribuir para o mal da altitude é a desidratação decorrente da perda de maior vapor d´água com a respiração que também acontece em altas altitudes. “O ritmo da subida, a altitude atingida, a quantidade de atividade física em altitude elevada, bem como características individuais, são fatores que contribuem para o aparecimento e a gravidade do problema”, ressaltou Guilherme.
É possível evitar o mal de altitude?
O especialista listou algumas dicas para tentar reduzir os efeitos das altas altitudes e orientou que as primeiras 24h devem ser de descanso ou de atividade leves.
“Quando o turista chega a esses locais de alta altitude, já quer aproveitar ao máximo o período e começar a ‘turistar’. No entanto, o ideal é evitar esforço físico intenso nas primeiras 24h. Assim, se a pessoa estiver viajando a passeio é melhor se programar para ficar o primeiro dia restrito a atividades mais simples. Hidratar-se bem também é importante. Os povos latinos locais aconselham o uso de chá de coca, mas seu efeito benéfico é controverso do ponto de vista científico”, lembrou o otorrino.
Outro modo de prevenir o soroche é subir lentamente e evitar o consumo de álcool nas primeiras 48h, já que o álcool é desidratante e um dos mecanismos dessa problema é a desidratação decorrente da alta altitude.
Consequências mais graves do mal da altitude
Em geral, o mal da altitude costuma desaparecer sozinho, no período de 24 a 48h, precisando apenas que o viajante faça repouso e se hidrate bem. No entanto, casos de morte não estão descartados.
“Em casos mais extremos podem ocorrer situações inclusive com risco de morte, ocorrendo edema pulmonar com tosse persistente e falta de ar ou edema cerebral com cefaleias que não melhoram com analgésicos comuns. Nessas situações mais críticas, o único tratamento confiável é descer novamente para altitudes mais baixas e deixar que o organismo se recupere”, finalizou o especialista.
Sobre Guilherme Trevizan
Guilherme Trevizan é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com residência em Otorrinolaringologia no Hospital de Clínicas/UFPR. Possui especialização em Microcirurgia Otológica na UFPR, título de Especialista em Otorrinolaringologia pela ABORL-CCF e é Mestre em Cirurgia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Também é Membro Associado da Interamerican Association of Pediatric Otorhinolaryngology, Membro Efetivo da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica e Reconstrutora da Face, e Membro Efetivo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
O Hospital Otorrinos Curitiba é a mais nova referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense. Inaugurado em setembro de 2015 no bairro Mercês, o hospital possui estrutura moderna, excelente localização, tecnologia de ponta e profissionais altamente renomados para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.
Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa. Com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo, o Centro Cirúrgico conta com quartos e enfermarias, e oferece total segurança e conforto aos pacientes que necessitarem de procedimentos na área de otorrinolaringologia e demais especialidades.
O Hospital Otorrinos Curitiba possui horário de atendimento diferenciado: de segunda a sábado, das 8h às 22h, domingo, das 8h às 19h, feriados, das 8h às 20h. Para maior comodidade dos pacientes, possui estacionamento no local.
O hospital atende aos seguintes convênios: Unimed, Amil, Agemed, Bradesco Saúde (somente consultas eletivas), Evangélico Saúde, Fundação Copel, Fundação Sanepar, ICS, Saúde Caixa, Voam e particular.
Serviço:
Hospital Otorrinos Curitiba
Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês
Telefone: (41) 3335-0302
Site: www.otorrinoscuritiba.com.br
Facebook: www.facebook.com/OtorrinosCuritibaPR/
Diretor Técnico: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia