A importância da alimentação saudável para crianças e adolescentes
A obesidade infantil infelizmente é uma realidade para as crianças brasileiras. Dados do Ministério da Saúde mostram que 6.4 milhões de crianças têm excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para a obesidade.
Estudos recentes também revelam que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos e 89% dos adolescentes obesos podem se tornar adultos com obesidade, ou seja, 8 em cada 10 adolescentes continuam obesos na fase adulta.
Para a nutricionista do Hospital Otorrinos Curitiba, Isabella Albano Guimarães, uma criança que tem probabilidade maior de sobrepeso / obesidade acompanhada desde cedo por um nutricionista diminui essas chances.
“Uma criança obesa tem maiores chances de se tornar um adulto obeso, mas depende da faixa etária, altura, fase de crescimento e genética. Existe uma fase em que a criança tende a ficar acima do peso, mas deve ser acompanhada de perto para que depois que passar pelo estirão de crescimento não mantenha o sobrepeso”, esclarece a nutricionista.
A obesidade é uma doença preocupante entre as crianças, pois pode causar diversos outros problemas de saúde, tais como diabetes, doenças cardiovasculares, má formação do esqueleto, doenças ortopédicas e respiratórias, enxaqueca, colesterol alto, além de depressão, isolamento social, bullying, baixa autoestima e transtornos alimentares.
Alimentação saudável, exemplo à mesa
Quando o assunto é alimentação saudável para crianças e adolescentes, a definição é a mesma que para um adulto. A única diferença na composição do prato é a quantidade dos alimentos, que vão aumentando conforme a idade.
Segundo a nutricionista, é importante que o prato seja variado (todos os grupos de alimentos); equilibrado (consumo adequado de cada grupo); suficiente (quantidades que atendam e respeitem as necessidades da criança); acessível fisicamente (alimentos regionais) e financeiramente; e colorido (quanto mais colorido mais saudável e atrativo o para os sentidos).
“Ou seja, a composição do prato de uma criança deve ser completa com carboidratos, proteínas, lipídios (gorduras) e fibras (verduras, legumes e frutas)”, reforça Isabella.
E para que isso aconteça, o incentivo deve vir dos pais, pois o exemplo ainda é o maior ensinamento. “Muito mais do que o falar é o fazer. Então, as crianças vão aprender principalmente pelo exemplo dos pais, avós e responsáveis sobre a boa alimentação. Levar as crianças à feira para escolher os alimentos e auxiliar no preparo também é uma boa forma de incentivá-los a comer bem”, ressalta a especialista.
Como montar uma lancheira saudável
Uma dúvida frequente dos pais é como montar uma lancheira saudável para as crianças. É fundamental que o lanche seja nutritivo, pois ele contribui no aprendizado, estimula o raciocínio, a memória e garante toda energia que as crianças precisam.
Confira algumas dicas:
:: insira a criança em cada fase, desde a compra até a preparação final do lanche;
:: use a criatividade na preparação, deixando uma aparência agradável, colorida e bonita, para dar prazer e estimular o apetite;
:: prefira lancheira térmica para correto armazenamento de alimentos que necessitam de refrigeração;
:: para montar uma lancheira saudável é interessante dividir em 3 grupos: 1) frutas e verduras; 2) alimentos a base de grãos e pães; 3) alimentos fontes de proteínas, como laticínios e ovos, e combinar pelo menos 3 alimentos, um de cada grupo.
Posso dar doce e salgadinho para as crianças?
Segundo a nutricionista, crianças de até 2 anos não devem receber alimentos como salgadinhos, doces e refrigerantes, pois o sistema digestório até essa idade não está pronto para digeri-los e absorvê-los. Após os 2 anos, é possível permitir alguns alimentos de forma moderada, conforme orientação nutricional.
“Lembrando, ainda, que proibir totalmente os alimentos industrializados não é a melhor saída, já que o alimento “proibido” pode gerar ainda mais curiosidade da criança, fazendo com que ela passe a comer escondido ou se prive de situações normais para uma criança, como festa de aniversário. Os casos devem ser observados para que no futuro não se tornem transtornos alimentares”, alerta Isabella.
Como prevenir a obesidade infantil
A dobradinha “alimentação saudável + brincadeiras / atividade física” ainda é a melhor forma de combater a obesidade infantil. Infelizmente o número de crianças obesas tem crescido no Brasil e no mundo, e resta aos pais e responsáveis auxiliar na mudança desse quadro. Se a criança estiver obesa, é necessário acompanhamento médico e nutricional.
“A exposição excessiva às telas tem feito com que as crianças brinquem e se movimentem menos. Crianças precisam brincar, afinal, é através da brincadeira que ela se movimenta e aprende muitas coisas, entre elas a importância da alimentação saudável. Crianças também precisam de bons exemplos na alimentação, como citamos anteriormente. Por isso, vale o esforço e a persistência dos pais e responsáveis na hora de montar um prato saudável e investir em brincadeiras com as crianças”, finaliza a nutricionista.
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