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Mudança de pequenos hábitos diários ajuda a combater a obesidade

Mudança de pequenos hábitos diários ajuda a combater a obesidade

A obesidade é uma doença crônica e que possui tratamento. Em 2013 foi reconhecida pela Associação Médica Americana (AMA), a maior entidade do gênero dos Estados Unidos, como uma doença complexa e que requer atenção médica ao longo de todo o processo de emagrecimento.

Dia 4 de março é o Dia Mundial da Obesidade. “Obesidade e Conhecimento, cuidado e respeito!” foi o tema escolhido este ano para levar ao público informações sobre essa doença crônica que merece respeito e cuidado.

Segundo a endocrinologista do Hospital Otorrinos Curitiba, Dra. Fernanda Justus Malucelli, conscientizar as pessoas de que a obesidade é uma doença e não um problema estético é fundamental para que elas procurem um tratamento adequado.

“Observamos que o paciente obeso, com IMC maior que 30, não aparece tanto no consultório quanto um paciente com sobrepeso leve ou às vezes peso normal, procurando essa estética de emagrecimento. Precisamos conscientizar a população de que a obesidade é um problema grave de saúde, que acaba desencadeando outras complicações, como diabetes, hipertensão, dislipidemia, entre outros problemas. Toda doença merece um tratamento, e com a obesidade não é diferente”, ressalta a médica.

Dados da obesidade no Brasil

No Brasil, a obesidade aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2019 (Vigitel). 

Em Curitiba, a obesidade (IMC igual ou maior que 30) afeta quase 18% da população, e cerca de 54% da população está com excesso de peso (IMC igual ou maior que 25).

Gordofobia e a desinformação

Ainda existe muito preconceito sobre a obesidade. Muitos acham que é preguiça do paciente, desleixo ou falta de vontade em se cuidar, e isso é um equívoco que precisa ser esclarecido.

Além de todos os problemas de saúde que a obesidade pode acarretar, existe ainda a gordofobia, neologismo que indica o preconceito de pessoas que julgam o excesso de peso e a obesidade como um fator que mereça seu desprezo.

Pessoas com obesidade precisam ser tratadas com respeito e atenção.

Segundo Fernanda, esse tipo de preconceito precisa ser combatido com informação segura.

“A obesidade pode ter causas genéticas, metabólicas e psicológicas, e esse tipo de preconceito não pode existir. A obesidade é uma doença como qualquer outra, e as pessoas com obesidade merecem ser tratadas com respeito e atenção”, ressalta a especialista.

Causas da obesidade

Segundo dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), até 70% das causas da obesidade podem estar relacionadas à genética, história familiar e etnia. Com informações: Abeso e SBEM-PR

Além disso, algumas condições que afetam o sistema endócrino podem causar desequilíbrios hormonais que acarretam o ganho de peso.

Vale lembrar, ainda, que sintomas de estresse, tais como ansiedade, depressão, nervosismo e o hábito de se alimentar quando problemas emocionais estão presentes são comuns em pacientes com sobrepeso ou obesidade, o que sugere uma relação entre estresse, compulsão por comida palatável e transtorno de compulsão alimentar com a obesidade.

Estilo de vida saudável

Nos últimos dois anos, a pandemia do novo coronavírus impactou e muito a rotina das famílias brasileiras. O sedentarismo bateu à porta e o estilo de vida saudável – que antes já não era realidade para muitos – ficou sem nenhuma prioridade.

Para a endocrinologista, é preciso conscientizar a população de que a prevenção da obesidade começa com pequenas atitudes no nosso dia a dia, e que a combinação alimentação saudável e a prática de atividade física regular ainda é a melhor opção. 

Mudar pequenos hábitos do dia a dia, como trocar o elevador pelas escadas, auxilia no combate à obesidade.

“Temos que fazer o combate à obesidade deixando o sedentarismo de lado, aliando alimentação saudável e a prática regular de atividade física. E as mudanças podem começar do básico: quando puder, trocar o carro pela bicicleta, passear mais com o pet, ficar menos tempo em frente às telas, trocar o elevador pelas escadas. Além disso, ter maior consciência sobre a escolha dos alimentos, deixando embutidos e demais alimentos industrializados como exceção na alimentação, e não regra”, ressaltou a endócrino.

Ela também lembrou sobre a grande divulgação que as dietas da moda têm nas redes sociais, principalmente, e que infelizmente não funcionam.

“Precisamos ter essa consciência da necessidade de mudança no estilo de vida: reeducação alimentar e atividade física. Em alguns casos, os medicamentos podem auxiliar o paciente, mas reforço que remédios devem ser sempre com orientação médica”, finalizou.

Tratamento multidisciplinar

É importante que o tratamento da obesidade seja feito de forma multidisciplinar, com acompanhamento de um médico endocrinologista, um nutricionista e um educador físico.  Em alguns casos, se necessário, o apoio psicológico.

“Cada paciente é único, por isso o tratamento individualizado é fundamental. Gosto muito da abordagem multidisciplinar, principalmente do apoio nutricional e do trabalho conjunto com o educador físico. Temos sempre que lembrar da importância da atividade física e de praticá-la com orientação. Principalmente porque o paciente obeso tem mais chances de lesões, devido ao excesso de peso, e quando ele se lesiona os danos são ainda maiores, pois lesionado ficará ainda mais sedentário”, ressaltou a médica.

Campanha Obesidade 2022

Para a Campanha Pública de 2022, a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) criaram algumas ações diferentes, entre elas uma pesquisa de opinião direcionada ao público leigo – clique aqui para acessar o formulário.

O objetivo é identificar a percepção das pessoas sobre as causas da obesidade e a ocorrência de constrangimento por gordofobia.

Com informações: Abeso e SBEM-PR

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SERVIÇO:

>> Hospital Otorrinos Curitiba

Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês

Telefone: (41) 3335-0302

Horário de atendimento: segunda a sexta, das 8h às 20h; sábado e domingo, das 8h às 18h.

>> Otorrinos Pinhais

Endereço: Avenida Jacob Macanhan, 93 – Centro Médico Pinhais

Horário de atendimento: segunda a sexta, das 8h às 17h

Telefone: (41) 3732-2009 

Site: www.otorrinoscuritiba.com.br 

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Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia