Vacina da gripe: por que devo me vacinar?
A vacina da gripe já está disponível nas Unidades de Saúde para os grupos prioritários definidos pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde antecipou a vacinação em 2024, com início no dia 25 de março (até ano passado era realizada entre os meses de abril e maio) devido ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país.
Apesar de toda a campanha de divulgação e conscientização, muita gente ainda duvida dos benefícios da vacina. No entanto, ela é comprovadamente eficaz.
Diego Malucelli, médico otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba, lembra que a gripe não é um resfriado comum, por isso é importante se proteger.
“Os vírus sofrem mutações constantes. Apesar de ser benigna, a gripe pode evoluir para complicações como a pneumonia bacteriana, principalmente em pacientes com o sistema imune mais fraco, como idosos, bebês, gestantes e portadores de doenças crônicas. Por isso é importante manter a vacinação em dia”, orientou o médico.
Diferença entre gripe e resfriado
Para qualquer espirro ou dor de garganta, a primeira impressão é de que a gripe chegou. Mas não necessariamente.
A gripe é causada pelo vírus Influenza; não se deve confundir com o resfriado, pois apresenta um quadro clínico mais acentuado. Na gripe, o aparecimento dos sintomas é mais rápido (súbito), ao contrário do resfriado, que é mais lento.
O resfriado é uma infecção leve das vias aéreas causada por vários tipos de vírus, sendo o rinovírus o mais comum. É muito contagioso e a transmissão ocorre pelo contato com as mãos infectadas ou por meio de espirros ou tosse. Costuma durar, em média, de três a sete dias, porém em alguns casos pode persistir por mais tempo.
Os principais sintomas do resfriado são: coriza, tosse e espirros. Complicações são raras e incluem o agravamento da asma e infecções bacterianas como sinusites e otites.
Sintomas da gripe
Já em relação aos sintomas da gripe, os principais são: febre alta, dores no corpo, mal-estar, dor de cabeça, dor nas articulações, perda do apetite, tosse e dor de garganta.
A gripe apresenta uma maior taxa de complicações, como a pneumonia. O modo de transmissão é semelhante ao do resfriado, e o tempo da doença pode durar até duas semanas.
Mitos e verdades sobre a vacina da gripe
1 – Tomei a vacina e peguei gripe.
MITO. A vacina é composta por fragmentos inativos do vírus, portanto, não pode induzir o desenvolvimento da doença.
2 – A vacina pode causar efeitos colaterais.
VERDADE. Após a vacina pode acontecer algum efeito colateral leve, como dor no local, mal-estar e febre baixa. Isso é sinal de que o próprio organismo está reagindo contra os antígenos que foram injetados com a vacina. A vacina estimula o sistema imunológico a produzir defesa.
3 – A vacina dura vários anos.
MITO. Segundo o Ministério da Saúde, a detecção de anticorpos protetores se dá entre 2 a 3 semanas depois da vacinação e apresenta, geralmente, duração de 6 a 12 meses. O pico máximo de anticorpos ocorre após 4 a 6 semanas. A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual ela é feita anualmente.
4 – Não é necessário se vacinar todos os anos.
MITO. Há vários tipos de influenza que circulam no mundo. Por isso, existe uma vigilância global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para saber que tipo de vírus está circulando. Essa vigilância ordena, inclusive, qual é a composição da vacina. Então, ano após ano a vacina muda, já que os vírus sofrem mutações constantes.
Grupos prioritários para a vacina da gripe
– crianças de seis meses até 5 anos e 11 meses
– gestantes
– mulheres que tiveram filho recentemente
– povos indígenas
– pessoas acima de 60 anos
– trabalhadores da saúde
– professores das escolas públicas e privadas
– portadores de doenças crônicas não transmissíveis
– população privada de liberdade
– funcionários do sistema prisional.
No Paraná, a vacina está disponível em todas as unidades de saúde, nos 399 municípios.
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Com informações: Governo Federal/Ministério da Saúde
Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia