Perda de olfato pode ser um dos sintomas do coronavírus
A perda de olfato pode ser, sim, um dos sintomas da infecção pelo novo coronavírus. Estudos recentes mostram que em torno de 70% dos pacientes infectados acabam apresentando esses sinais.
Na última quinta-feira (18/06), um consórcio científico que reúne especialistas de 43 países anunciou os primeiros resultados, que comprovam que a perda de olfato (anosmia) e do paladar (disgeusia) está associada, em maior ou menor grau, à doença. Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba, Dr. Gustavo Balestero Sela, geralmente essa perda de olfato é reversível.
“O retorno do olfato, em alguns casos, pode ser em até dois meses. Vale lembrar que a perda de olfato pode acontecer em outras doenças também, como em casos de resfriados, sinusite aguda ou crônica. Mas como estamos numa pandemia, sempre que o paciente tiver perda de olfato, ele precisa ficar atento”, afirmou o explicou Gustavo.
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Se o paciente não tiver nenhum outro sinal característico, como febre alta por mais de 48h, tosse intensa ou falta de ar, a orientação é que ele se mantenha em casa, em isolamento, e espere para ver como será a evolução do quadro – geralmente é uma evolução benigna.
Por que o olfato é afetado?
O epitélio olfativo possui três tipos de células: as células basais, os neurônios sensoriais olfativos e as células de suporte – essas células ficam na região superior do nariz. Cada vírus tem uma característica específica, e a dos coronavírus é que eles são atraídos por essa região porque são abundantes em ACE2, receptor o qual esse tipo de vírus se liga através da proteína Spike.
Se a perda de olfato durar muito tempo, maiores as chances de ter havido uma lesão no nervo e não apenas um inchaço e obstrução de odores. Caso o nervo fique lesionado, as chances são grandes de o paciente sofrer uma perda de olfato por mais tempo.
Não sinto mais cheiro. Estou com coronavírus?
Não necessariamente. A perda de olfato pode acontecer em outras doenças também, como em casos de resfriados, sinusite aguda ou crônica. Mas em tempos de pandemia, é sempre bom ficar atento.
O coronavírus é transmitido pelo ar?
Alguns estudos recentes mostram que o coronavírus pode, sim, ser transmitido pelo ar, principalmente por pessoas contaminadas que espirram ou que tossem, então eles podem passar essas partículas do vírus no ar e esse vírus ficar por algum período – até 30min suspenso. “Por isso”, lembra o Dr. Gustavo, “temos que manter o distanciamento social em torno de 1,5m, além de deixar os ambientes sempre arejados”.
A transmissão do coronavírus acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de:
- Toque do aperto de mão;
- Gotículas de saliva;
- Espirro;
- Tosse;
- Catarro;
- Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador, etc.Veja também:
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O coronavírus pode ser assintomático?
Sim. Em torno de 35% dos casos, os pacientes não terão sintomas nenhum da doença.
Como prevenir o coronavírus
As principais recomendações para prevenir a transmissão do coronavírus são:
:: Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.
:: Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.
:: Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
:: Evite abraços, beijos e apertos de mãos.
:: Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
:: Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
:: Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido ao sair de casa.
Consequências da perda de olfato
O olfato é fundamental para tarefas básicas do cotidiano, além de servir como uma forma de proteção. Ficar sem a capacidade olfativa pode levar o paciente a não detectar odores perigosos, como por exemplo, a fumaça de incêndios ou escape de gás em casa, além de alterações no paladar.
Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
O Hospital Otorrinos Curitiba é referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense, e também possui especialistas nas áreas de aparelho digestivo, alergia, buco-maxilo, cirurgia de cabeça e pescoço, dermatologia, endocrinologia, odontologia, fisioterapia e neurocirurgia. Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa, com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo.
Algumas especialidades estão temporariamente suspensas para reduzir os riscos de disseminação do novo Covid-19. Confira os atendimentos que estão ativos:
:: Otorrino (Eletivo e Pronto Atendimento)
:: Alergologia
:: Bucomaxilofacial
:: Endocrinologia
:: Dermatologia
:: Pediatria
:: Odontologia
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