Autismo e o tratamento de pacientes na pandemia
A pandemia trouxe inúmeros desafios para crianças e adolescentes em idade escolar, especialmente para aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A quebra de rotina, o afastamento do convívio social e a dificuldade na concentração das aulas online trouxeram muitos prejuízos para as crianças com transtorno no desenvolvimento neurológico.
Segundo a pediatra Dra. Alice Aparecida Burle Faria, do Hospital Otorrinos Curitiba, os prejuízos vão além da falta de oportunidade de identificação da condição, mas também pela falta de estímulos que a educação inclusiva pode oferecer a esses pacientes.
“Muitos pacientes autistas ficaram sem as terapias necessárias durante esse tempo mais severo de isolamento, o que acabou prejudicando e muito os sintomas. Em alguns casos houve até regressão no tratamento já realizado. A mudança de rotina aumentou o estresse e o nervosismo, as habilidades de socialização foram prejudicadas e o maior tempo diante as telas trouxe mais cansaço e irritação”, explicou a médica.
Ela explica, ainda, que a criança já nasce com o TEA, e geralmente a partir de 1 ano e meio é possível identificá-lo. “Mas não há regra. Muitas vezes conseguimos perceber os sinais conforme as demandas sociais vão surgindo”, ressaltou Alice.
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Características do autismo
Alguns sinais podem deixar os pais em alerta em relação ao autismo. São eles: atraso na fala, não olhar nos olhos, não compartilhar interesses, muita irritabilidade, alteração de sono, intolerância a barulhos, presença de movimentos incomuns como balanço de mãos ou corpo, andar na ponta dos pés e falta de interesse por outras crianças.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o transtorno do espectro autista se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que há em torno de 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo. No Brasil, não há estudos suficientes para detectar a prevalência do autismo.
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, mas estudos indicam que podem estar relacionadas à predisposição genética.
Tratamento
O autismo não tem cura, mas o tratamento pode oferecer uma qualidade de vida melhor. Para a doutora Alice, o trabalho multidisciplinar é fundamental para o avanço do desenvolvimento dos pacientes.
“A funcionalidade é nosso maior objetivo, para conseguirem estudar, trabalhar e viver em sociedade. O tratamento é feito com psicólogos, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, de modo intensivo e iniciado o quanto antes”, esclareceu a especialista.
SERVIÇO:
>> Hospital Otorrinos Curitiba
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Telefone: (41) 3335-0302
Horário de atendimento: segunda a sexta, das 8h às 20h; sábado e domingo, das 8h às 18h.
>> Otorrinos Pinhais
Endereço: Avenida Jacob Macanhan, 93 – Centro Médico Pinhais
Horário de atendimento: segunda a sexta, das 8h às 17h
Telefone: (41) 3732-2009
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Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia