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Perfuração do tímpano: o que fazer?

Perfuração do tímpano: o que fazer?

Deficiência auditiva de um dos lados e episódios repetitivos de ‘vazamento’ de líquido do ouvido: esses podem ser os principais sintomas da perfuração do tímpano, membrana fina e sensível que separa o ouvido interno do externo, e que quando se encontra perfurada causa diminuição da capacidade auditiva.

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Usar hastes flexíveis pode perfurar o tímpano.

Guilherme Trevizan, otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba e Membro Efetivo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), lembrou que o uso de hastes flexíveis e demais objetos podem causar o problema.

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“As principais causas de perfuração da membrana do tímpano são as infecções do ouvido médio, também conhecidas como otites médias e os traumas. Dentre os traumas ganham relevância o uso das hastes flexíveis ou o uso de outros corpos estranhos como grampos, palitos ou similares. É importante sempre ressaltar que não se deve nunca utilizar tais objetos no interior do ouvido, seja para simplesmente coçar ou limpar. Mesmo as hastes flexíveis devem ter seu uso reduzido e usadas somente na parte externa do ouvido”, aconselhou o especialista.

Tímpano perfurado e a redução da audição
Geralmente quem tem o tímpano perfurado pode ter uma deficiência auditiva, mas não uma surdez completa. Isso ocorre porque, segundo o especialista, a membrana do tímpano é uma estrutura importante na transmissão/condução do som do meio externo ao interior do corpo.

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Quem tem o tímpano perfurado pode ter deficiência de audição.

“Se ela estiver perfurada o mecanismo dessa transmissão ficará bastante comprometido. Fazendo uma analogia, o tímpano funciona como um tambor de música e a vibração dele é que transmite o som. Se o tímpano estiver perfurado tudo ocorre como se um tambor estiver furado, ou seja, a vibração não será adequada, diminuindo a audição”, exemplificou o otorrino.

Tímpano perfurado tem tratamento?
A boa notícia é que a maioria das perfurações do tímpano se cicatriza sozinha, sem deixar sequelas, desde que o paciente siga as recomendações (principalmente não molhar) e o tratamento médico. No entanto, lembra Guilherme, há alguns casos em que o tímpano não se regenera sozinho, e é necessária a cirurgia.

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“Se ele não tiver se regenerado em cerca de 90 dias, provavelmente não mais o fará sem uma intervenção cirúrgica. Nessas situações, o tratamento definitivo da perfuração timpânica é sua reconstrução cirúrgica”, avalia.

Em alguns casos, no entanto, não é permitido o procedimento, tais como em pacientes muito idosos ou de pouca idade, ou pacientes com doenças graves que impeçam a cirurgia.

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Em alguns casos, um simples tratamento clínico resolve o problema da perfuração do tímpano.

“Nessas situações orientamos o tratamento clínico com gotas otológicas, que fazem parar o ‘vazamento’, e com aparelhos auditivos que melhoram a audição. Vale relembrar: em geral, o tímpano perfurado é adequadamente corrigido com cirurgia, que geralmente demanda apenas internação no dia, e o paciente tem alta no mesmo dia. Após 48h é removido o curativo e o paciente pode voltar a trabalhar entre cinco a sete dias, necessitando, no entanto, evitar esforços físicos e umidade no ouvido por cerca de um a dois meses.

Cuidado com soluções caseiras
Muita gente usa soluções caseiras para tentar amenizar ou até mesmo resolver o problema. Mas segundo o otorrino, isso é totalmente reprovado.

“Quando a membrana timpânica está perfurada, há uma comunicação anormal entre o meio externo e o interior do corpo. E, assim, estruturas muito importantes de dentro do ouvido como o ossículos, a cóclea e o labirinto ficam expostas. Desse modo, qualquer líquido (não só as soluções caseiras, mas a própria água, mesmo do chuveiro), se entrar no canal auditivo, também terá acesso ao interior através da perfuração timpânica, podendo ocasionar lesão àquelas estruturas nobres”, finalizou Guilherme.

Apenas alguns tipos de medicação podem ser usados nos casos de perfuração timpânica e certamente nenhum tipo de solução caseira ou água.

Sobre Guilherme Trevizan
Guilherme Trevizan é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com residência em Otorrinolaringologia no Hospital de Clínicas/UFPR. Possui especialização em Microcirurgia Otológica na UFPR, título de Especialista em Otorrinolaringologia pela ABORL-CCF e é Mestre em Cirurgia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Também é Membro Associado da Interamerican Association of Pediatric Otorhinolaryngology, Membro Efetivo da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica e Reconstrutora da Face, e Membro Efetivo da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

Sobre o Hospital Otorrinos Curitiba
O Hospital Otorrinos Curitiba é a mais nova referência no atendimento da área de otorrinolaringologia da capital paranaense. Inaugurado em setembro de 2015 no bairro Mercês, o hospital possui estrutura moderna, excelente localização, tecnologia de ponta e profissionais altamente renomados para oferecer o melhor atendimento aos pacientes.

Em outubro de 2017, foi inaugurado o moderno Centro Cirúrgico, localizado na ala anexa. Com capacidade para realizar três cirurgias ao mesmo tempo, o Centro Cirúrgico conta com quartos e enfermarias, e oferece total segurança e conforto aos pacientes que necessitarem de procedimentos na área de otorrinolaringologia e demais especialidades.

O Hospital Otorrinos Curitiba possui horário de atendimento diferenciado: diariamente, das 8h às 22h; feriados, das 8h às 20h. Para maior comodidade dos pacientes, possui estacionamento no local.

O hospital atende aos seguintes convênios: Unimed, Amil, Agemed, Bradesco Saúde (somente consultas eletivas), Evangélico Saúde, Fundação Copel, Fundação Sanepar, ICS, Saúde Caixa, Voam e particular.

Serviço:

Hospital Otorrinos Curitiba

Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês

Telefone: (41) 3335-0302

Site: www.otorrinoscuritiba.com.br

Facebook: www.facebook.com/OtorrinosCuritibaPR/

Diretor Técnico: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia