Saiba como prevenir a otite no verão
Apesar da pandemia do coronavírus, as praias têm recebido muitos turistas que querem aproveitar o sol e o calor deste verão atípico. Além dos cuidados para evitar a infecção pela Covid-19, outro assunto importante quando se fala em verão e praia é sobre como prevenir a otite. Se depois daquele banho de mar, por exemplo, surgir aquela sensação de ouvido cheio d´água, o que fazer?
Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Otorrinos Curitiba, Neilor Fanckin Bueno Mendes, geralmente essa sensação será passageira, mas caso ela persiste é bom ficar atento.
“Na maioria das vezes a água tende a escoar sozinha. A anatomia do conduto auditivo geralmente facilita este processo, mas em algumas pessoas existem variações que podem dificultar o escoamento, e se existir cerume em grande quantidade esse processo pode ser mais lento. No verão, os casos acabam aumentando. Em situações mais graves, a dica é procurar um otorrinolaringologista”, orientou o especialista.
Pode ser otite?
De acordo com o otorrino, o contato com água de piscina e mar pode facilitar a otite externa (OE).
“O contato mais frequente e mais prolongado com a água gera uma lesão na pele que reveste o conduto auditivo e remove o cerume, que é uma proteção contra a ação de bactérias e fungos. Ainda se associado a traumas locais, como o uso de cotonete, temos o ambiente perfeito para a proliferação desses micro-organismos”, explica Neilor.
Os sintomas mais associados a OE são otalgia (“dor de ouvido”) de intensidade variável, sensação de ouvido “cheio/tampado”, coceira e secreção em pequena quantidade. Estudos mostram que existe uma frequência maior de otite externa em piscinas “caseiras”, onde não há tratamento adequado da água.
Protetor de ouvido ajuda?
O uso de protetores impermeáveis como os de silicone pode ajudar, mas é sempre importante a correta limpeza e secagem após o uso. “Caso contrário eles podem facilitar o desenvolvimento de uma otite”, lembra.
Existe risco de pegar o coronavírus dentro da água?
Outra dúvida recorrente devido à pandemia é se existe o risco de pegar o coronavírus dentro da água. Segundo o doutor Neilor, não.
“O maior perigo, ainda, está no contato com outras pessoas. Pela água, em si, a pessoa não irá se contaminar. Vale lembrar também que a água da piscina, por exemplo, possui cloro e outros tratamentos, então não é contagiante”, esclarece.
Tratamento para otite
Segundo o especialista, o tratamento varia conforme a apresentação do quadro, mas geralmente é tratado com gota antibiótica tópica, anti-inflamatórios e analgésicos. “A utilização de compressa morna seca local é indicada, e suspender o contato com água, inclusive durante o banho, é muito importante”, orienta.
Em alguns casos, também se faz uso de curativos e limpeza local realizada pelo otorrinolaringologista. Em casos mais graves o uso de antibióticos via oral ou endovenoso pode ser indicado.
Pacientes diabéticos devem ter cuidado redobrado, pois eles tendem a apresentar quadros mais graves e com maior risco de complicações.
Leia também:
:: Estresse da pandemia aumenta casos de dores na mandíbula e bruxismo
:: Cuidados com a saúde auditiva na rotina do home office
Serviço:
>> Hospital Otorrinos Curitiba
Rua Doutor Roberto Barrozo, 1381, 1º andar – Mercês
Telefone: (41) 3335-0302
Horário de atendimento: diariamente, das 8h às 20h.
Endereço: Avenida Jacob Macanhan, 93 – Centro Médico Pinhais
Horário de atendimento: segunda a sexta, das 8h às 17h
Telefone: (41) 3732-2009
Site: www.otorrinoscuritiba.com.br
Instagram: www.instagram.com/otorrinoscuritiba/
Facebook: www.facebook.com/OtorrinosCuritibaPR/
Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia